sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Black Sabbath

Formada em 1968, em Birmingham, Inglaterra. Sua formação original era composta por Ozzy Osbourne (vocais), Tony Iommi (guitarra), Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria). Desde sua formação até os dias de hoje, venderam mais de 100 milhões de discos. Das grandes bandas que iniciaram o movimento Heavy Metal, o Sabbath na minha opinião é a melhor, pelos temas das suas músicas e principalmente pela sonoridade. Considero Tony Iommi o maior criador de riffs do metal, ou alguém discute que os riffs de Paranoid, Iron Man, Heaven and Hell não são marcantes? E ele consegue ser esse grande guitarrista com uma particularidade: ele perdeu as falanges de dois dedos da mão direita num acidente. Para um guitarrista canhoto, que usa a mão direita para fazer os acordes e solar, isso seria o fim da carreira. Mas ele adaptou no início próteses feitas de cortiça, e seguiu a vida com determinação para se tornar um dos maiores guitarristas do rock pesado.
"Into the Void" na minha opinião é marcante, e mais recentemente "Fear"
A história do Sabbath começa quando os amigos Anthony "Tony" Iommi e William "Bill" Ward, leram em uma loja o anúncio de um cantor a procura de uma banda. O cantor era John "Ozzy" Osbourne. Eles decidiram se reunir, e Ozzy levou um amigo guitarrista, Terence "Geezer" Butler, que depois viria a tocar baixo na banda. E um bata de um baixista diga-se. A banda escolheu o nome inicialmente de Polka Tulk Blues Band e encurtado depois para Polka Tulk, e começou a construir um repertório, principalmente blues. Mudaram o nome da banda depois para Earth, que logo depois também foi substituído por haver outra banda com o mesmo nome. A escolha do novo nome, mais tarde, veio da ideia de Butler, um grande fã dos romances de "magia negra" e "terror" de autores como Dennis Wheatley. Butler tinha visto o filme de terror italiano do diretor Mario Bava, I Tre Volti Della Paura (As Três Máscaras do Terror) de 1963, mas exibido com o nome de Black Sabbath na Inglaterra e Estados Unidos, e escreveu uma canção que incorpora o título do filme, e isto se tornou o novo nome do grupo.

O primeiro disco, chamado de Black Sabbath, trouxe músicas marcantes como N.I.B. The Wizard e a canção título, uma verdadeira música de filme de terror, um clima pesado e sombrio.

Paranoid foi o grande sucesso deles, primeiro lugar na Inglaterra, sete discos de ouro e um de platina. Paranoid, Iron Man, Eletric Funeral, War Pigs, grandes sucessos da banda.
 Master of Reality, trouxe canções mais obscuras ainda, como Children of the Grave, Sweet Leaf, Into the Void, Solitude, e certamente influenciou muitas bandas de heavy metal com sua sonoridade.

  "Na minha opinião, o Black Sabbath são aqueles que deram à luz ao que, geralmente, consideram o heavy metal, e não há uma banda na atualidade que não teve influência, em qualquer medida, do grupo do Tony Iommi." Peter Steele, líder do Type O Negative

Volume 4, marca uma clara influência do rock progressivo, e a balada Changes é o grande sucesso do album.
 Em 1973, a banda publica Sabbath Bloody Sabbath, álbum com a atmosfera caracterizada pelo rock progressivo ainda mais visível. Também conta a presença de Rick Wakeman do Yes que apareceu nos teclados, como membro externo. Entre as canções mais claramente progressistas pode citar a "Spiral Architect" e "A National Acrobat", mas ainda faltava o "clássico", com uma boa formação de "Sabbath Bloody Sabbath" e "Killing Yourself to Live". O disco foi outro grande sucesso e considerado um ponto importante na carreira artística. Neste período, houve uma série de acontecimentos na banda. Todos os membros tiveram sérios problemas de dependência de drogas, em especial Osbourne e Ward que, após a admissão do cantor, fizeram uso de LSD todos os dias por mais de dois anos.
Os problemas e conflitos pessoais foram se arrastando até 1979, quando Ozzy foi despedido devido a sua tendência para abuso de drogas e álcool.

Ronnie James Dio

O substituto de Ozzy, ex vocal do Rainbow  e do ELF,  o baixinho era dono de uma voz potente e poderosa.  Heaven and Hell foi o primeiro trabalho dele, e tinha ótimas canções como Die Young, Neon Knights e Heaven and Hell.  Durante a turnê, Bill Ward teve que sair da banda por problemas pessoais (seus pais tinham morrido um após o outro, e ele estava se afundando em drogas) e foi substituído por Vinny Appice.
Tony Iommi usava laquê nessa época, olha o cabelo do cara!

A rápida propagação do bootleg Live at Last (com Ozzy nos vocais) convenceu o grupo a lançar um ao vivo oficial, Live Evil. Esse disco no entanto causou a maior briga na banda. Iommi acusou Dio de ter viajado escondido  para mexer nas mixagens e elevar o volume da sua voz. Isso fez com que Iommi o chamasse de "pequeno Hitler". Tudo isso gerou várias confusões e controvérsias, que fez com que Dio saísse da banda, levando com ele o batera Vinny Appice.

Continua...

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Cliff Burton

Há 26 anos um acidente com o ônibus da banda matava Cliff Burton...
Uma homenagem simples do Velho...

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Dio Disciples

Cerca de um ano após a morte de um dos maiores vocalistas que o mundo do heavy metal já teve, músicos que eram próximos a Ronnie James Dio – incluindo ex-parceiros de banda – uniram-se e montaram um projeto de tributo. O Dio Disciples na verdade dispensa apresentações. O supergrupo é formado pelo guitarrista Craig Goldy (Rough Cutt, Giuffria, David Lee Roth, Dio), o baterista Simon Wright (AC/DC, Dio, UFO, Michael Schenker Group and Rhino Bucket), o tecladista Scott Warren (Dio), além de James Lomenzo no baixo (Megadeth, Black Label Society, Slash's Snake Pit, HAIL!, White Lion and David Lee Roth), o vocalista Toby Jepson (Little Angels, Fastway, Gun and Toby and the Whole Truth) e Tim “Ripper” Owens (Judas Priest, Yngwie Malmsteen's Rising Force, Beyond Fear, Iced Earth, Hail! and Charred Walls of the Damned). Assistam porque vale a pena: 1.Stand Up and Shout 2.Holy Diver 3.Egypt (The Chains Are On) 4.Catch the Rainbow / Stargazer ) 5.Neon Knights 6.Long Live Rock 'n' Roll 7.Heaven and Hell 8.We Rock Quer fazer o download do show? O link tá la´no facebook, Velho Roquenrou

Sepultura ao vivo no Som Pop - 1989

Bicho, isso é muito velho! Esse programa passava na TV Cultura de São Paulo, e eu sempre assistia porque era um dos raros programas de videoclipe no Brasil. Nunca tinha visto essa matéria, que coisa mais doida! Da época que o mar Morto tava doente, bateu saudades agora...

Ronnie James Dio

Esse é o maior dos vocalistas de heavy metal que existiu! O véio era fudido, cantou no Rainbow, Black Sabbath, teve uma carreira solo com banda própria e cantou também no Heaven and Hell, uma reunião com os integrantes do Sabbath. Gênio!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Rock in Rio – Parte Final – O Calvário


Se a ida para a Cidade do Rock foi a via crucis, o retorno foi o calvário. Como todo grande evento no Brasil, um evento desse porte, há 27 anos atrás não poderia ser diferente: falta de organização, falta de estrutura, enfim, uma verdadeira zona!
Os shows terminaram por volta das 3 hs da manhã.  A prefeitura do Rio havia garantido que haveria ônibus para todos, e para todos os cantos da cidade, em locais próprios  e bem organizados, tipo Europa. Vocês acreditam nisso? Saindo da Cidade do Rock, era uma zona tão grande, muito pior do que a 25 de março na semana do Natal, pior do que saída de estádio, mais muvucado do que congresso de sogra pra falar mal do genro, mais zuado do que suruba de minhoca num prato de macarrão, o verdadeiro inferno!
Pra gente conseguir entrar num ônibus pra Copacabana, foi uma luta. Quando entramos, lotadaço, aquele mundo de gente fedendo, e pra piorar tinha um filho da puta peidando sem parar. Depois de horas de show, ainda voltei em pé a viagem inteira, e se tirasse o pé do chão não colocava mais de volta. Só sei que chegamos em casa, já tava clareando o dia, os três cansados demais, mas antes paramos pra tomar mais uma gelada antes de ir dormir. Cansado, porém feliz da vida, foram os melhores shows que eu já tinha assistido, até então...até por que depois eu vi muitos outros mais.
Posso dizer que o Rock in Rio teve consequencias na minha vida, a maioria muito boas. Mas uma em especial é inesquecível, tanto para mim, quanto para os protagonistas da história, os meus primos retardados! Mais pra frente eu conto a saga da compra de uma guitarra, só de lembrar eu começo a rir sozinho...

Vol4

Hoje, há 40 anos foi lançado esse clássico! Discão hein?

Rock in Rio – Parte III – Finalmente chegamos!

Depois dessa viagem toda, uma baita vontade de mijar depois das cervas na casa do tio do Marcão, enfim chegamos a Cidade do Rock, galera toda muito doida, sem nem saber direito pra onde ia, parecia criança no parque de diversões. O lugar era gigantesco, nunca tinha visto nada igual.Em cada ponta do espaço, havia um complexo de lojas vendendo souvenirs, bebidas, lanches do Bob’s, e um monte de bugiganga. Até o Sérgio Mallandro tava dando uns rolês por lá. Daí chegou a hora dos shows, se não me engano teve orquestra tocando o hino nacional, discurso, e essas baboseiras todas. Daí, pra abrir o Rock in Rio, um roqueiro headbanger de primeira linha: NEY MATOGROSSO! Nem lembro do show, pq nem me interessei em ver aquela coisa bizarra, que graças a Deus acabou logo. Em seguida, o Tremendão, Erasmo Carlos! Coitado do cara...vestiu roupa de couro preta, cheio de tachinhas pra fazer uma média com a galera headbanger (odeio o termo metaleiro), tava até tentando tirar uma onda, mas pôrra, o cara foi numa plateia, louca pra ver Iron e Whitesnake, e vai cantar “ eu queria ser o seu caderninho, só pra ficar juntinho de vc???” ahhhh tio, pede pra cagar e sai de fininho, com todo o respeito. Só sei que foi a maior vaia que eu ouvi na minha vida, juro por Deus, fiquei até com dó dele. Tava vendo o show num telão em uma tenda gigante, e dava pra perceber o mau estar e o constrangimento dele. Não merecia mesmo, culpa da organização, vão ser burros lá na pqp. E ainda tinham escalado ele pra penúltima noite, pra tocar antes de Scorpions, Whitesnake, Ozzy e AC/DC, ainda bem que tiveram o bom senso de mudar ele de dia, senão era capaz do cara tá morto hoje em dia. Em seguida vieram Pepeu Gomes e Baby Consuelo. Ainda bem que o Pepeu deu uma pegada hard com a guitarra dele, e conseguiu segurar um pouco o público. Por que “ser um homem feminino, não fere o meu lado masculino” também é foda de escutar. Acho que o cara sangrou sangue dos dedos de tanto que solou naquele dia, hahahhahahahaha... Enfim, o primeiro grande show: Whitesnake! Eu lá no meião da muvuca, um puta cheiro de maconha (acho que tinha uma nuvem de maconha no ar naquele dia), e começa o show dos caras: David Coverdale, John Sykes, Neil Murray e o fodástico do Cozy Powell! Um puta show, aquela coisa meio Purple e Coverdale no auge, cantando muito mesmo. O melhor do show pra mim foi essa música, nunca tinha visto ninguém solar desse jeito! Fim do show, era hora do Iron Maiden! A turnê era a World Slavery Tour, uma baita produção, um palco fantástico, eles tinham acabado de lançar Powerslave, um disco sensacional, e estavam no auge da carreira. Bruce Dickinson, Steve Harris, Dave Murray, Adrian Smith e Nicko Mc Brain. Você, um moleque de 18 anos, fanático pela banda, vendo eles ao vivo, queria mais o que na vida? Nunca mais vou me esquecer! Encerrando a noite, o Queen. Confesso que fui pra ver o Maiden, mas o grande show mesmo foi do Queen, até por que show do Iron eu vi um monte depois desse dia, mas do Queen, nunca mais. Freddie Mercury é uma lenda, a figura dele no palco era demais. E nunca me esqueço, quando tocou essa música, essas engrenagens rodando no palco, não sei por que, nesse momento acho que a ficha caiu e eu acreditei que tava vendo mesmo os caras que eu só conhecia pela tv, nos raros programas de videoclipes, e escutava na vitrola. Inesquecível, obrigado ao meu pai e a minha mãe que me proporcionaram tudo isso!
Já que o tema é Rock in Rio, vejam esse vídeo do Ozzy e prestem atenção na guitarra do Jake E. Lee, uma branca e preta. Ela foi inspiração pra uma das coisas mais idiotas que eu já fiz na minha vida, um verdadeiro programa de índio, mas isso é história pra contar mais pra frente

Rock in Rio – Parte II – A via crucis


Chegou o dia, 11 de janeiro de 1985. Acordamos, tomamos café e um amigo do Camilo ia com a gente. Pensei, ainda bem por que não conhecemos pôrra nenhuma aqui do Rio! Lá pelas tantas, chega o cara: Marcão! Bicho era uma figuraça, cara tipo meigo sabe, meigordinho, sotaque carioca carregado, e sempre fazia questão de dizer que era de Bangu, não sei porque? De Bangu só conhecia o time, mais nada. Hoje em dia eu sei que é um dos melhores climas do Rio de Janeiro, agradável, clima ameno, dizem que é um rascunho do inferno de tão quente que é lá. Mas voltando, os portões abriam ao meio dia. Não tinha nem idéia de onde era Jacarepaguá, muito menos como ia pra lá de busão, nem quanto  tempo isso ia levar de viagem. Mas o Marcão disse que se saíssemos de lá umas 14 hs, chegaríamos tranquilo lá. Então beleza, Marcão de Bangu falou, tá falado! Pegamos o ônibus, um calor dos infernos, e fomos indo, andamos, chacoalhamos, e nada de chegar nesse lugar. Sei que quando a gente estava na Barra da Tijuca, o Marcão teve a ideia de ir visitar um tio dele! “Meu tio mora aqui no Barramares, vamos lá visitar ele!”...vamos né, fazer o que  não tinha outra escolha.  Descemos do busão e fomos ao condomínio: Bicho, me senti o verdadeiro caipira da roça quando vi aquilo! Nunca tinha visto um condomínio daqueles, parecia uma cidade, tinha de tudo lá dentro, padaria, mercado, escola, posto de gasolina, uma coisa monstruosa. E era de alto padrão mesmo, coisa de gente rica!
Daí a gente andando, chegamos na portaria e o Marcão pergunta sobre o tio dele. Ele não estava  lógico, devia estar trabalhando pra poder manter tudo aquilo. Eu sei que não sei como, o Marcão convenceu o porteiro a deixar a gente entrar! Daí eu falei, mas se teu tio não tá aí, o que a gente vai fazer aí na casa dele? E o Marcão disse que ia levar a gente pra conhecer o apartamento. Chegando lá, até hoje não sei como nem por que, a porta tava destrancada (as vezes eu acho que ele arrombou aquela merda, hahahahahaha) um puta apartamentão, não tinha ninguém lá dentro, tomamos whisky, cerveja, comemos, fizemos um estrago. Tá certo que eu tava me cagando de medo de chegar alguém e pegar a gente naquela situação de invasor, mas eu tava mais era me lixando mesmo, depois de uns goró na cabeça a gente perde a noção do perigo, hahahahahaha...sei que saímos de lá inocentes de tudo, alimentados, relaxados com a bebida e prosseguimos nossa viagem rumo a Cidade do Rock.
Só sei que saímos de Copacabana as 14 hs e fomos chegar em Jacarepaguá já eram umas 18 hs, longe pra dedéu o lugar!

Rock in Rio



Eram meados de 1984, quando um tal de Roberto Medina, anunciou um grande projeto: o Rock in Rio! Conforme foram anunciando as bandas, a vontade de poder ver aqueles shows foi ficando incontrolável, e parecia até mentira aquilo, pois de vez em nunca aconteciam grandes shows por aqui. Até o Rock in Rio eu me lembro de Kiss, Queen, Alice Cooper, Peter Frampton e um show que quase ninguém lembra, mas que eu fui: Van Halen!

Então quando anunciaram para o Rock in Rio: AC/DC, Scorpions, Ozzy, Def Leppard (que depois foi substituído pelo Whitesnake) e IRON MAIDEN, a galera do heavy metal ficou enlouquecida! Não quis nem saber, garanti o meu ingresso para o primeiro dia, 11 de janeiro de 1985. E um puta festival de rock desses, quem deveria abrir? Claro, um grande roqueiro dos bons: Ney Matogrosso, hahahahahahahahahahaha...vejam na imagem o lineup do festival:

Moraes Moreira abriu pra Ozzy Osbourne, que abriu pra Rod Stewart! Alceu Valença, Elba Ramalho, Gilberto Gil, Eduardo Dusek, Al Jarreau e George Benson! Headbangers de primeira linha! Bizarrices do Rock in Rio mesmo.
Definido que eu ia, um amigo meu que foi comigo, Ismael, arrumou o lugar pra gente ficar lá. Um primo dele que estudava medicina da UFRJ e morava em Copacabana ia nos hospedar na casa dele. Nunca tinha nem saído de São Paulo, e tava indo pro Rio de Janeiro assistir Whitesnake, Iron Maiden e Queen!
Chegamos no Rio por volta das 19 hs, e pegamos o tal do “Frescão”, um ônibus confortável com ar condicionado, e depois me falaram que tinha esse nome por que só paulista andava nele. Chegamos ao apartamento do primo dele, se não me engano o nome dele era Camilo. Na verdade era uma kitnete, uma salona sem paredes, sala e quarto separados por uma cortina, um banheirinho e uma cozinha que pra abrir a geladeira, vc tinha que sair da cozinha, sem mentira! Só cabia uma pessoa lá dentro da cozinha. Mas aquilo ali pra mim era o Copacabana Palace, tava ótimo, queria mesmo era curtir o Rock in Rio, que ia começar no dia seguinte. Descemos pra jantar num daqueles botecos que tinham lá, tomamos umas trocentas e novecentas cervejas (tava calor pra caracas!) e fomos dormir felizes da vida, só esperando pra poder ir pra Cidade do Rock!

Burn


Conforme o tempo ia passando, eu ia descobrindo “novos” sons.  Smoke on the Water, Black Dog, Back in Black, Flight of Icarus, Paranoid, até o dia que o meu primo Enio chegou e disse: Você já ouviu Burn? Nunca tinho ouvido, e ele pega o disco Made in Europe e bota pra tocar. Bicho, que música! Aquele riff é sensacional, e o vocal do David Coverdale tava demais. Ouvimos aquele disco quase até a agulha furar o vinil. Daí na hora do refrão, bem quando o Glenn Hughes que era o backing vocal tá dando aqueles gritos (AH-AH-AH-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHH!!!) meu tio chega, escuta aquela barulheira toda, torce o nariz e manda essa: “Isso é música?” hahahahahaha, rachei o bico de tanto rir, e até hoje acho isso engraçado. Daí ele coloca uma fita de uma música japonesa pra tocar e fala: “Isso sim é música!”...comédia!

Homenagem ao véinho do banner


Woodstock Discos





Esse foi um lugar que marcou a minha vida, e onde eu deixei muito dinheiro também, mas valeu cada centavo gasto nessa loja. Como eu já disse, essa loja ficava no centro de São Paulo, na rua Dr. Falcão, bem na porta do metrô Anhangabau. Ia lá praticamente toda semana, e sempre comprava alguma coisa, um LP, um pôster, um adesivo, um bottom que fosse, mas sempre trazia alguma coisa. Claro que a preferencia eram os LPs, e comprava de tudo do Maiden, Purple, AC/DC, Sabbath, Kiss...o proprietário Walcir, gente muito boa, dava atenção a todos sem exceção, e nunca se importava de ficar horas e horas falando sobre as bandas. Lembro que foi lá que vi pela primeira vez um picture disc, um LP em edição especial que vinha com um desenho estampado direto no vinil.

Foi lá também que pela primeira vez eu vi um show ao vivo (tá certo que foi pela tv de 29 polegadas, e uma gravação em videocassete, mas era o que tínhamos na época), Judas Priest. Juntava aquele monte de cabeludo dentro daquela lojinha minúscula pra ver aqueles shows.  Nesse dia tava comigo meu primo Enio, tb roqueiro dos bons e das antigas, que passou poucas e boas comigo, mas isso é história pra contar mais pra frente.

Daí o show rolando na tvzona, umas caixas acústicas enormes, devia ter umas 300 pessoas dentro da lojinha (tá, tá exagerei...acho que tinha umas 40...mas tava apertado pra cacete), de repente começa a abrir uma rodinha no meio: entrou um mendigo lá dentro, mais fedido que gambá com desodorante vencido, devia tá todo cagado, resultado: espantou todo mundo da loja!
Outro serviço que eles prestavam lá, era o de gravação de fitas cassete. Como LPs eram muito caros, vc ia lá, levava uma fita e eles gravavam o que vc queria. Teve um lá que roubou a fita da mãe dele, do Roberto Carlos e mandou gravar um Venom por cima. E tava escrito na fita mesmo “Roberto Carlos”! Walcir tirou sarro do cara, imagina se a véia cata a fita pra ouvir um Robertão, e toca um “Black Metal” ?
Fora a richa que existia entre metal e punk, e certo dia entrou lá um punk de moicano e tudo, armado com uma machadinha falando que ia matar tudo quanto era heavy metal que tinha lá! Imagina a merda que deu, aquele bando de cabeludo voando em cima do punk!


O lugar é lendário e épico na história de todo roqueiro de São Paulo, boas lembranças dessa loja.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Como essa paixão começou


Tinha uns 14 anos, e até então nunca tinha me ligado muito em prestar atenção em música, até por que a cultura musical que eu tinha  era das rádios de música brega que a empregada ouvia, Barros de Alencar, rádio América (aquele jingle deles nunca saiu da minha cabeça...améééérica...trimmm...coisa mais chata),  e aqueles raros shows que tinham antigamente, Queen no Morumbi, Peter Frampton, Alice Cooper, Kiss...uma referência bem arcaica do que seria rock. Quando vinha uma banda dessas pro Brasil, era motivo de cobertura jornalística intensa no Jornal Nacional! Até o dia que fui para o primeiro colegial (faz tanto tempo que já até mudou de nome) e vi um sujeito, um japonês com uma camisa preta escrito AC/DC.  O cara era quietão demais,  cara de poucos amigos, e eu fiquei com vergonha de perguntar o que seria aquela sigla. Daí todo dia ele vinha com uma camiseta diferente: Iron Maiden, Scorpions, Black Sabbath, Led Zeppelin...e aquilo foi me chamando a atenção.  Fui fazendo amizade com o cara, que era gente boa demais (tb, se gostava de rock, só podia ser gente boa) até o dia que ele veio de novo com a camiseta do AC/DC e eu perguntei o que era aquilo. Bicho, o cara se empolgou de tal maneira, que me fez uma explanação completa e me disse quem eram Angus Young e Bon Scott! Pô, legal, mas até então, nunca tinha ouvido o som dos caras. Molecada que tá lendo isso,  naquela época o negócio era FODA,  hoje em dia você vai no Youtube e sabe quem é a banda, nome dos integrantes, data de nascimento, RG,CPF, endereço telefone e o escambau...quer mostrar uma banda nova pra um amigo, carrega no celular, ou acessa o youtube pelo 3G e bota pro cara ouvir. Naquela época, mal existiam walkmans, daqueles de fita cassete. A coisa era sofrida demais, depois vou relatar as várias histórias, das acrobacias que a gente fazia pra arrumar uma gravação. Torrent, megaupload? Era na unha mesmo, e suando sangue!
Então, voltando a história de como tudo começou, um dia ele me levou pra conhecer uma loja de discos chamada Woodstock, lá no centro de São Paulo, na rua Dr. Falcão, estação Anhangabau do metrô.  Fui lá, a loja era pequena, devia ter uns 30 m²,  e o proprietário Walcir Chalas, uma figuraça, esse cara virou uma lenda do heavy metal no Brasil naqueles anos 80. Até programa de rádio ele fez, na extinta 89 fm, que só tocava rock. O nome do programa era Comando Metal, e ia ao ar aos domingos, se não me engano das 22 hs a meia noite. Ouvia todo domingo.
Então,  na minha primeira vez na Woodstock, vi aquele mundo de LPs, aquelas capas fantásticas, fiquei maluco! Daí vocês já sabem, moleque, não trabalhava, dinheiro pouco que a mãe deu, economizei muito pra ir lá e poder comprar um disco. Escolhi, escolhi e acabei comprando Killers, do Iron Maiden. Confesso que nunca tinha nem ouvido falar de Iron Maiden, muito menos ouvido alguma música deles, e acabei comprando por que achei aquele desenho do Eddie muito loco mesmo!  Se não gostasse do som, pelo menos ia gostar da capa, hahahaha. Fui pra casa com o bolachão debaixo do braço, cheguei e já fui colocar pra ouvir no 3 em 1 da National. 
Como não conhecia nenhuma música, então ia ouvir da primeira faixa mesmo. “The Ides of March”...quando as primeiras notas tocaram, formando aquele riff, eu posso dizer: FUDEU! Cara, que música da pôrra! Digo FUDEU, por que daí pra frente minha vida foi tocada ao ritmo do rock e do heavy metal! Essa foi a música que marcou e colocou de vez o rock na minha veia! E nessa já se passaram 32 anos...talvez esse cara nem imagine que me influenciou tanto assim, nunca mais o vi depois desse ano, mudei de escola e perdemos o contato. Quem sabe um dia eu encontre ele de novo.  E assim como ele, eu sei que também influenciei muita gente a gostar do bom e velho  rock and roll!
O Hino do rock and roll, na voz do maior vocal do metal!


Long Live Rock and Roll



Salve nação rocker! Meu nome é Gerson, old rocker dos tempos da vitrola e dos LPs, os bolachões,  e estou aqui fazendo esse espaço pra falar exclusivamente sobre ROCK! Em especial o meu gênero preferido, o heavy metal! \m/
Não quero ser crítico, nem o dono da verdade, apenas escrever a minha opinião pessoal sobre o rock, principalmente das bandas e cantores que eu realmente curto. Gosto muito dos clássicos, das bandas da NWOBHM (quem é rocker mesmo sabe o que isso significa, mas pra quem não é, mais pra frente vou escrever sobre isso) e odeio as classificações de death, trash, black, speed, gotic...pra mim é tudo heavy metal e pronto!
Também procuro novidades, bandas de rock em especial as da terra da rainha! GOD SAVE THE QUEEN! Qualquer gênero, sendo bom e eu gostando é o que importa.
Vou misturar as notícias e novidades, com histórias minhas, reais que aconteceram ao longo desses anos todos, sempre ao som do velho e bom rock and roll.
Então é isso, vamos botar fogo na bagaça e LONG LIVE ROCK AND ROLL!